Vivemos em uma época marcada pelo individualismo, onde cada um luta pelos seus próprios interesses. Essa mentalidade tem enfraquecido relacionamentos, corroído a empatia e afetado até mesmo o povo de Deus. Entretanto, as Escrituras revelam que o propósito da bênção nunca é terminar em nós; ela flui através de nós.
Deus nos resgatou não apenas para recebermos, mas para refletirmos Seu caráter, Sua glória e Seu coração generoso.
Com essa compreensão, percebemos que fomos abençoados para abençoar. E, na jornada da fé, encontramos homens que entenderam esse chamado e se posicionaram como instrumentos do Senhor.
1. Neemias: A sensibilidade que se transforma em ação
Mesmo vivendo no palácio, cercado de conforto e honra, Neemias não se esqueceu de seu povo. Ele ouviu o clamor dos irmãos e se colocou à disposição de Deus.
Seu espírito compassivo o levou a sair da segurança para reconstruir uma cidade arruinada. Sua afirmação resume seu coração: “O Deus dos céus é quem nos dará bom êxito.”
Assim como Neemias, quem vive para o Reino não vira o rosto para a dor do outro. A bênção nos move, não nos acomoda.
2. Abraão: A coragem de deixar o conforto para cumprir o chamado
Seguindo esse mesmo princípio, observamos Abraão, que obedeceu a voz de Deus ao deixar sua terra. Ele abriu mão de tudo o que era previsível e seguro. A obediência o transformou em canal de bênção “para todas as famílias da terra”.
Ser abençoador exige movimento, renúncia e disponibilidade. Deus não chamou Abraão para ser apenas um receptor de promessas, mas um portador delas.
Do mesmo modo, caminhamos com Deus para que Sua bênção alcance outros através de nossa vida.
3. José: A maturidade que vence a amargura
Avançando na jornada da fé, encontramos José, que foi traído, rejeitado e injustiçado. No entanto, quando alcançou posição de autoridade, não usou seu poder para revidar.
Ele escolheu perdoar e afirmou: “Deus transformou o mal em bem.”
Pessoas curadas abençoam. Pessoas amargas paralisam o fluir da graça.
Por isso, José nos lembra que somente quem compreende o propósito consegue abençoar até aqueles que o feriram.
4. O bom samaritano: A compaixão que rompe barreiras
E para completar esse quadro de exemplos, Jesus apresenta o bom samaritano. Culturalmente, ele seria o último a ajudar um judeu. Mesmo assim, parou, socorreu e supriu as necessidades daquele homem ferido.
Ele enxergou um ser humano, não um inimigo.
A bênção se manifesta quando conseguimos ultrapassar preconceitos, divisões, rótulos e interesses pessoais.
A prática da bênção: Como abençoamos hoje?
Diante de tudo isso, percebemos que a vida cristã é simples: aberta para Deus e aberta para o próximo.
Somos abençoadores quando:
- testemunhamos o que Cristo fez em nossa história;
- compartilhamos uma palavra que levanta quem está abatido;
- entregamos recursos para suprir necessidades;
- convidamos pessoas para a célula ou culto;
- participamos de ministérios, missões e ações solidárias;
- estendemos a mão ao que está perdido, cansado ou sozinho.
Em resumo, pessoas gratas se tornam pessoas envolvidas. Pessoas envolvidas se tornam pessoas abençoadoras.
Conclusão: O mundo precisa da bênção que Deus colocou em você
Por fim, entendemos que Cristo transformou nossas vidas improváveis em histórias que transbordam graça. Quando o Espírito molda nosso caráter, compreendemos que abençoar não é um favor, mas uma missão.
Assim, cada toque, cada gesto e cada palavra se tornam sementes do Reino plantadas no coração de alguém.
Você não foi apenas abençoado.
Você foi enviado.
Pensando Mais Alto
O que impede você de se posicionar como um abençoador nas mãos de Deus hoje, e como o Espírito Santo está convidando você a atravessar as fronteiras do seu conforto para tocar alguém?


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